quinta-feira, novembro 14, 2013

Xiuuuuuuuu...

...
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Silencioso?
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É, hoje resolvi apenas escutar?
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Por que não fala nada.
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Acho que percebi que as vezes palavras machucam mais do que o silêncio.
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Hunn...
Então, o que fazemos agora?
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Nada, eu acho...
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Sério?!
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Xiuuuuuuuu...
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quarta-feira, fevereiro 27, 2013

20 e poucos anos...

Aos vinte e poucos anos, você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos.
Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado etc.. E cada vez desfruta mais do refrigerante ou da cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco. As multidões já não são ‘tão divertidas’… E às vezes até lhe incomodam.
E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante.
Aí começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo. Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você.
Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor. Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pôde lhe fazer tanto mal. Ou, talvez, a noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém suficientemente interessante para querer conhecê-lo melhor.
Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar. Talvez você também, realmente, ame alguém, mas, simplesmente, não tem certeza se está preparado para se comprometer pelo resto da vida. Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbado e agir como um idiota começa a parecer, realmente, estúpido.
Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado e significa muito dinheiro para seu pequeno salário.
Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo. Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes.
Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencível, outras… Apenas com medo e confuso. De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando.
Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro… E como construir uma vida para você. E enquanto ganhar à carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela. O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse texto nos identificamos com ele. Todos nós que temos ‘vinte e poucos’ e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça… Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos…

domingo, fevereiro 24, 2013

Justiça cósmica

O tipo de mundo em que nós queremos viver, não tem base no tipo de mundo em que nós vivemos. Se essa é sua principal objeção à visões de mundo que não incluem justiça cósmica, você não sabe do que está falando...

A vida não é justa e o desejo de justiça que você expressa é uma das bases da maioria das religiões. Todos sabemos que às vezes o bem não é premiado e o mal não é punido. Então os que esperam justiça criaram uma saída para não se atolar em depressão, e evitar de encarar a aspereza de uma realidade indiferente, seja céu e inferno, ou karma, ditando infinitas reencarnações, serve ao mesmo propósito.
 
Alguns de nós preferem encarar a realidade. Alguns percebem que não há uma boa razão para crer que o universo é nada senão indiferente à nossa existência e nossos conceitos de bem e mal. Alguns percebem que lidar com a realidade em termos reais é a única forma de realmente melhorar a situação.

A vida não é justa e é realmente confortante se você pensar sobre isso. Se a vida fosse justa, isso quer dizer que você seria merecedor das coisas ruins que acontecem com você. E aqueles que se beneficiam de más ações, seriam merecedores da mesma forma.

Perceber que não há razão para esperar justiça é o que assegura fazer coisas que imponham justiça. Perceber que o bem não é sempre recompensado é o que nos guia a premiar o bem quando o vemos. Perceber que o mal não é sempre punido é o que nos guia para trabalhar juntos como uma sociedade cooperativa, lidando com nosso problemas, coletiva e individualmente, de uma forma que encoraje mudanças reais, e que, esperamos, minimize ações prejudiciais. Perceber que a justiça não é garantida, nos permite apreciar quando isso acontece e assegurar que aconteça em uma base regular.

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sábado, fevereiro 23, 2013

Conversas esquizofrênicas

Você sabe o que é?
As vezes você acorda sem vontade de levantar. Você pensa naquilo que ainda falta para que você possa se considerar alguém feliz. Lembra da infância, e sente que aquela era uma época de conforto, onde os problemas começavam e acabavam no mesmo dia. É... Nem sempre foi assim...
Você deveria ser feliz, e sabe disso. Mas as vezes você simplesmente sente que lhe falta algo.
As vezes é tão difícil identificar essa ausência... O que te coloca diante da espera interminável daquilo que você não sabe ao certo que é.
Você percebe que os dias passam, e que eles nem sempre tem valor. Um ano acaba cada vez mais rápido e você tem menos motivos para comemorar seu aniversário.
As vezes você pensa como alguém obstinado, daquele tipo que sabe onde quer chegar.  E acha que irá crescer aos poucos e que um dia não vai mais ter que se preocupar com dinheiro.
Ou as vezes, você deseja se tornar algo que o dinheiro não pode comprar, algo do qual possa se orgulhar um dia e que espelhe admiração de outras pessoas. 
Mas as vezes, você simplesmente pensa como seria bom ganhar na Mega-Sena e não ter que se preocupar com mais nada.  
E em meio a expectativas e realizações, você percebe que é cada vez mais difícil lidar com as pessoas sem magoá-las. Então você percebe que vem fingindo, e o que você é de verdade não serve para ninguém, ou pelo menos é assim que você pensa...
O medo te trava, a coragem te expõe de mais, então... Por que levantar da cama?
  

segunda-feira, dezembro 31, 2012

Sobre como enxergar de verdade


Hoje te observei fazer planos, para mais tarde te ver imersa em decepção. Teus pensamentos gritam sobre tua cabeça e obrigam-me a escuta-los. Como poderia? Os teus sonhos são tão passageiros e tuas atitudes tão extremas. Como Adequar-se a isto?

A decepção é algo tão recorrente em nós. Observar teus erros é um exercício sádico de alto-aprendizagem. E quando vences, me sinto pouco importante.

O mundo não é tão grande, então... Por que não me enxergas? Estou tão longe assim? Quando estendo a mão sobre teu caminho, você para, ainda assim, não me enxergas.

Olhar-te assim, confusa, me deixa triste. Talvez tudo isto seja bom afinal, te observo errar e aprender, bem, talvez seja bom.

Se pelo menos pudessem me ver errar e aprender assim...

Talvez se eu fosse um daqueles personagens de filmes trágicos, triste e mudo, minha agonia teria algum sentido. Por certo seria amado.

Você poderia me assistir e aí, assim, talvez, me percebesse de verdade. Talvez, um pouco depois, valeria a pena estar vivo, e não apenas insistir em viver por viver. Não, viver é sentir que há realmente um proposito em estar aqui, do teu lado. Viver não é apenas ter medo da morte.

Todavia, fosse ruim também, me enxergar de verdade, nem todos os meus erros me servem de lição. Mas, ainda assim fosse bom, me ver olhar para o nada. Talvez você me enxergasse ali, exatamente ali, pensando. Talvez sobre: como enxergam as formigas... Assustadas, apressadas e discretas.

Ali, olhando para o nada, com um pequeno sorriso no canto da boca, eu seria um personagem perfeito. Talvez, por estar atuando sobre mim, ou por estar fingindo ser eu mesmo. Talvez ali, bem depois, meu sorriso se transformasse em lagrimas, e ansiedade seria uma palavra esquecida. Porque talvez, alí, por hora, fosse mais importante colar o ouvido ao chão e descobrir... Como amam as formigas...

D. Benner

terça-feira, dezembro 18, 2012

O mal que se fez ontem...



O quanto honesto eu tenho sido neste ultimo ano? Pergunta difícil. Sei que passei por tantas coisas que acho que ainda estou assimilando algumas delas. Mas fazendo um auto-exame profundo de consciência, vejo que foi um ano de extremos.

Um ano engraçado de fato. Um ano que consegui as duas maiores vitórias de minha vida, mas não antes de passar por sentimentos e situações estranhas. Um ano que comecei ainda acorrentado a velhas lembranças, mas que agora se encontram muito bem enterradas e esquecidas. Um ano que conheci a melhor pessoa do mundo, a pessoa que amo de verdade, e que gostaria de levar pelo resto de minha vida. Um ano que me formei na faculdade, e dou um novo passo rumo à construção do meu futuro.

Mas nesse trajeto que fiz, neste ultimo ano, o que foi que eu deixei? Se um coração sara, outros parecem que se ferem. Fiz o mal que me fizeram como uma criança mais velha perturba a mais nova e indefesa. Trouxe confusão e sofrimento por puro egoísmo e por satisfação pessoal. Esta pessoa que fui esse ano, eu não reconheço, mas o mal feito por ela, irá se arrastar. Talvez para que eu aprenda mais uma lição. Para que eu aprenda na pratica que toda ação gera uma reação e minhas atitudes não repercutem apenas sobre minha vida, mas indubitavelmente podem afetar a vida de outras pessoas.

Sendo honesto comigo mesmo, e para que eu nunca me esqueça disso, eu fui um canalha, e cuidarei para que isso nunca mais aconteça.  

terça-feira, novembro 27, 2012

Relojoeiro...



Menininha: O que você tanto olha para o relógio?
Menininho: Shii! Estou procurando...
Menininha: ...
Menininho: ?
Menininha: Achou?
Menininho: Ainda não!
Menininha: ...
Menininho: ...
Menininha: Falta muito?
Menininho: Não sei... Posso ver seu relógio?
Menininha: Pode.
Menininho: Hmm... Também não tem...
Menininha: ?
Menininho: ...
Menininha: O quê que não tem no meu relógio?
Menininho: A hora "H".
Menininha: ?
Menininho: Me disseram que quando chegar a hora "H" tudo vai dar certo, então quero saber quando ela vai chegar. Só que não consigo achá-la em relógio algum...
Menininha: Mas você é muito bobo mesmo...
Menininho: Pelo menos eu estou procurando...
Menininho: ...
Menininho: E você?
Menininha: O que tem eu!?
Menininho: Porque anda com esse coração na mão?
Menininha: Para que não se perda por aí...
Menininho: ...
Menininho: Não seria melhor entregar a pessoa certa?
Menininha: ...
Menininha: E como saber quem é a pessoa certa?
Menininho: Hnnn...
Menininho: Acho que a pessoa certa vai saber... 
Menininha: ...
Menininha: Vai?
Menininho: Uhum...
Menininho: ...
Menininha: Você complica demais!
Menininho: Uhum...
Menininho: Agora você responde a minha pergunta... 
Menininha: Hnnn... Que pergunta?
Menininho: ...
Menininho: Como demorei tanto para te encontrar?
Menininha: Não sei... Você demorou?
Menininho: Não sei...
Menininha: ...
Menininho: As vezes parece um instante, as vezes parece a eternidade...
Menininha: Você conhece a eternidade?
Menininho: Não...
Menininha: Então como pode lhe parecer a eternidade se você não a conhece?
Menininho: Eu imagino. Assim como talvez eu já tenha te imaginado, fazendo parecer que te conheço a tanto tempo.
Menininha: Mas acabamos de nos conhecer...
Menininho: ...
Menininha: ...
Menininho: Talvez já tenha se passado um instante suficiente para que eu imagine toda a eternidade em que poderíamos viver, ou ainda pode ser que tenhamos toda a eternidade para aproveitar os instantes que virão...
Menininha: É, talvez estes instantes durem toda a eternidade.
Menininho: Talvez a eternidade dure em todos os instantes...
Menininha: ... 


sábado, novembro 24, 2012

Essência do fim



Então amigo...
Quando foi que isso começou?
Certamente é bem mais fácil lembrar-se do inicio.
O meio, o intervalo entre o principio e o fim, esse é que nos custa lembrar.

Não porque seja de todo ruim,
Não é...
Nem que esteja fora do alcance da reminiscência...
No entanto...
É precisamente aí que nos pegamos desamparados,
Lutando para esquecer tudo aquilo que nos custou conquistar.
Cada momento único...
Que em sua síntese já valeria uma vida plena.

Cada detalhe ínfimo.
Cada mistério...
Cada sorriso de canto de boca
Cada suspiro e frio na barriga
Cada olhar direcionado ao nada
Cada pensamento que gostaríamos de escutar
Cada alvitre protegido em um canto seguro na memória
Que agora deverá ser evitado...
Mas de quem é a culpa amigo?

Não creio que seja possível apontar culpados.
Por vezes as coisas são perfeitas na totalidade do instante,
Na efemeridade do eterno.
Somos volúveis de fato.
Não necessariamente ruins...
Não necessariamente mal intencionados...
Não totalmente convictos
E nem tão pouco incrédulos.
Somos um instante onde tudo faz sentido
Envoltos por um infindável ciclo de incertezas... 


Amigo!
Nem a morte pode te fazer distante.
O clico da natureza está falhando.
Eu posso te ver!
As lagrimas derramados foram em vão,
Os sonhos desfeitos agora podem ser renovados
O clico se rompeu...

A vida não é mais o prenuncio da morte
Nem alma a essência da vida
Nem os sábios são os mestres da verdade
Nem os tolos são inguento da mentira.
Nem é possível dizer quem está certo agora
Ou quem esteve errado no passado.

Tudo se encontra perto do princípio
Tanto quanto perto do final.
Toda a realidade se monta a nossa volta
Em um ciclo que se comprime, contrai e dilata...
Revelando-nos todos os segredos...
Todos os mistérios...
As repostas para as questões mais profundas
Abruptamente, diante do ultimo suspiro...
Um olhar...
Um sorriso...
Não exatamente em vão
Não necessáriamnete benéfico
Nem tão pouco desnecessário...
Um segundo...
Um instante eterno...
Sem lagrimas...
Sem arrependimentos.
Sem passado.
Sem futuro.
Sem nada.